terça-feira, 1 de março de 2016

(POEMA) Diante Do Sol Que Se Põe

por Caspar David Friedrich

Na direção do lamento,
curiosas, descem
fazendo silêncio
as águas do rio;
os ventos chegando
de todas as distâncias
não trazem
mais nenhuma mensagem.

Fazendo a curva
e contornando a figueira,
as águas, à espreita,
descobrem sentado
em ninho espaçoso
e diante do sol, que se põe,
um pequeno bem-te-vi
lançando chamados que ecoam. [01/03/2016]

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