domingo, 18 de agosto de 2019

(VARIA) I'll Never Find Another You

Abaixo, uma das mais belas músicas populares do século XX cantada por uma das mais belas vozes.


The Seekers: I'll Never Find Another You

There's a new world somewhere they call the promised land,
And I'll be there someday if you will hold my hand.
I still need you there beside me, no matter what I do,
For I know I'll never find another you.
There is always someone for each of us they say,
And you'll be my someone forever and a day.
I could search the whole world over until my life is through,
But I know I'll never find another you.

It's a long, long journey, so stay by my side.
When I walk through the storm, you'll be my guide, be my guide.

If they gave me a fortune, my pleasure would be small;
I could lose it all tomorrow and never mind at all
But if I should lose your love dear, I don't know what I'd do,
For I know I'll never find another you.

(Instrumental bridge with wordless vocals)
But if I should lose your love dear, I don't know what I'd do,
For I know I'll never find another you.


quarta-feira, 14 de agosto de 2019

(POEMA) A Essência na Metade


Edvard Munch
Falta um pedaço bem aqui,
que causa dor e até gemidos;
isto que sangra é uma ferida
de onde jorra a essência minha
em busca da que falta a partezinha.

Mas quão surpreso eu não seria
se não soubesse o que a guia
para fora no escuro
e na árdua vida dura.

Sei bem o que falta
e que atrai minha alma
como à lua do mar as águas
e arrisca dissolver
minha essência no vazio
até o último fio
e assim se extinguir
para nunca mais viver. [14/08/2019]

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

(POEMA) Lava que Canta

Michelle Pier

Sete dias em fechadas matas
o herói procura sua amada,
mas não aparecia nenhuma luz;
de escuridão em escuridão ele andava
até que de repente: zhuhz!
Com um estrondo iluminou-se
e piscou uma trilha em transe.

De novo reina o escuro,
mas dessa vez junto de um barulho...
terrestre, grave, profundo, e algo ruge
muito quente mais adiante
e um canto, suave, também surge.

De doçuras fala a cantiga,
embora de língua desconhecida
e de palavras que não se entende.
Apenas ouvindo é que se apreende
o conteúdo de beleza pura;
suave e virgem, mas carregado e muito quente
ele promete alguma cura.

Nosso herói, um pobre cavaleiro buscador,
descobre então de onde vem tanta flor.
De um penhasco em vermelho,
sob um céu também sangrante,
brota, líquida, a tanto buscada amante,
de cujo seio, sublimando, sopra um único conselho.

Perfeita, ardente, absoluta, tenebrosa
é a substância primeira e última,
a razão de todos os cultos,
a paixão de todos os vultos,
a direção de todos impulsos.

Chamado e convocado,
nosso herói se oferece
e se atira lançando uma prece,
e mergulha, e se afunda, e fenece. [01/08/2019]